quinta-feira, 6 de março de 2008

O porque deste "blog", do nome, e outros porquês... mas não todos.

De cara respondo: não sei bem. Deu vontade, talvez. Talvez seja isso. Mas muitas vontades dão e passam. Outras, como esta, dão, mas não são fortes o suficiente para superar minha preguiça, minha inércia. Mas não vão embora. Ficam ali, no cantinho da mente, como uma semente que não desiste, mesmo no inverno, ou como um vírus adormecido, esperando o momento certo para atacar. Quem sabe ? Quem se importa ?

Deu vontade, e aqui está. "Blog" é a forma abreviada de "weblog", um "diário na teia", na rede, "online", na Internet. Isso no original, e lá se vão alguns anos. Aposto que hoje é um pouco diferente. Evoluiu. Há blog com imagem, som, vídeo. Não é mais apenas "Meu querido diário..."(aliás, eca!), mas um "journal", um registro do que passa ao redor da gente, de modo geral ou específico, através dos olhos, e principalmente do coração, de quem escreve. Um olhar, uma percepção, uma noção do que é, ou como está, o real para a gente.

Vivendo no Brasil, e em especial no Rio de Janeiro, é impossível acreditar que estejamos num país civilizado. Nem mesmo sobre o chamado "Primeiro Mundo" dá para dizer isso. Mas eu vivo aqui e é aqui que tenho meu referencial principal e imediato, e é a partir dele que sinto como as coisas são. Mesmo que mudasse daqui, levaria isso comigo, dentro de mim, dentro de quem eu sou. Quando vejo um ônibus parar no meio da rua para pessoas subirem e descerem, quando noto pessoas furando fila ou entrando numa sem nem saber porque, quando leio sobre traficantes matando e se matando sem controle, sem prevenção, sem punição ou quando
escuto sobre a maracutaia da vez na Ilha da Fantasia, que desnorteia o País do Futuro, eu sei : a selva é aqui.

É por aí que penso em escrever, quando e se der vontade de escrever. Então, caso você consiga ter vontade de voltar aqui, não vá esperando grandes coisas, muito menos regularidade. Mas o que houver, será o que penso das coisas ao meu redor, e como as vejo. Muitas vezes com alguma ironia ou algum humor, outras com frieza ou pouco tato, mas sempre com sinceridade. Não é que eu queira me mostrar, pelo contrário. Mas, de certa forma, isso é inevitável. Lembre-se, ao menos, que o que importa é a mensagem, não o mensageiro.

Ah, sim, bem-vindos à selva...